terça-feira, 10 de junho de 2008

Cannibal Holocaust (1980)

Três estudantes de cinema embrenham-se nas matas para fazer um documentário e desaparecem misteriosamente. Um ano depois, uma sacola cheia de rolos de filmes e fitas de vídeo é encontrada na mata. As imagens registradas pelo trio dão algumas pistas sobre seu macabro destino.
Um grupo de jovens estrangeiros viaja ao Brasil em busca de diversão. Lá eles encontram bebidas exóticas e pessoas dançando, o que faz com que todos se divirtam. Um adolescente brasileiro lhes oferece uma casa na floresta, onde todos podem se hospedar. Eles aceitam a oferta, sem imaginar que na vila há pessoas que usam métodos brutais e não têm nenhuma compaixão por turistas.
Esses dois são, respectivamente, os resumos das sinopses dos filmes A Bruxa de Blair e Turistas. Mas poderiam se referir ao italiano Cannibal Holocaust (1980), do diretor Ruggero Deodato.

As informações que eu possuía antes de ver o filme não eram muito esclarecedoras. Ele é o trash italiano mais cultuado. As cenas de morte são tão reais que o diretor teve de provar, em rede de televisão, que os atores ainda estavam vivos. De posse disso, fui eu ver o dito cujo, já imaginando ser esse mais um trash chato e sem ritmo.

Belo engano. Cannibal Holocaust é uma obra prima do terror e, tirando as cenas de tortura (hum, alguém aí pensou em Albergue?), não deveria ser considerado trash. Bem produzido, bem dirigido, bem atuado e com efeitos especiais bárbaros.

Não por pouco teve que provar que tudo era apenas arte e não realidade. Cannibal Holocaust é de 1980, mas faz com que obras (?) como o Albergue passem a ser classificadas como desenho animado (o Albergue 2, então, nem se fala...). A cena de empalação é soberba.

Real, de verdade verdadeira mesmo, são as mortes de animais. Roedores, tartarugas e macacos são trucidados sem dó. Se lançado hoje, este provavelmente seria o ponto mais controverso do filme.

Quanto ao enredo, são jovens que vem ao Brasil para fazer um documentário sobre canibais na Floresta Amazônica. Obviamente, os espertos desaparecem. Um antropólogo organiza uma missão de busca, mas volta apenas com as fitas das gravações do documentário. Aí, como diria a sinopse do outro filme “as imagens registradas (...) dão algumas pistas sobre seu macabro destino.”

Uma pena não existir nenhuma edição em DVD no Brasil. Mas aí, meu amigo e minha amiga, a internet salva nossa vida. O blog Movimento Cinema Livre tem o link para download do filme. É só baixar e curtir.

Trailer:

Nenhum comentário: