O filme fortíssimo e de primeira meia hora demorada é lindo fotograficamente e tem uma história muito boa (pode parecer óbvio, mas confesso que desconheço a obra de Saramago). A grande sacada de relacionar a cegueira dos personagens com a dos espectadores com focos “estranhos”, fades para o branco e outros detalhes geniais. A fotografia no filme pode incomodar o início mas ela tem um poder narrativo muito forte, pode até não convencer aqueles que esperavam algo mais tradicional e facilmente digerível.
Ao sair do cinema olhei para a minha companheira de sessão e disse: “cinema é foda né?”, o longo do filme me estive tanto em posição fetal, com os pés na cadeira do cinema com medo de ver o que aconteceria como relaxado e sorridente, a cena da chuva, onde um “Déjà senti” bateu forte e pra mim, se o filme acabasse ali seria já fantástico, foi uma das melhores e garantiu meu final de semana. Apesar do filme fechar muito bem, por mim poderia ter acabado ali.
Apesar de em alguns momentos o filme me lembrar de “Ainda Orangotangos” mostrando como nós, civilizados é na verdade uma fachada e somos no fundo animais, este é um cinema bem diferente: nacional com gostinho de americano, mesmo com diversas que características deixam o filme bem brasileiro, inteligente e lindo.
Um detalhe: a São Paulo/Tóquio/Nova Iorque onde o filme acontece tenta a todo momento desconstruir a cidade que estamos. Não senti o filme acontecendo em São Paulo (apesar de locais que me lembraram de lá, placas de carros brasileiros, carros brasileiros e adesivos de polícia americana), acho que os americanos não vão sentir o filme acontecendo em NY também e muito menos os japoneses com Tóquio, quem sabe os canadenses se identifiquem, mas no fim ficou uma “Terra de ninguém” (por sinal, vale a pena ler o que Calligaris escreveu sobre o filme).
Acredito que será uma boa diversão para a maioria dos adultos, foram duas horas que valeram a pena.
Trailer do filme
Saramago depois de ver o filme
Ao sair do cinema olhei para a minha companheira de sessão e disse: “cinema é foda né?”, o longo do filme me estive tanto em posição fetal, com os pés na cadeira do cinema com medo de ver o que aconteceria como relaxado e sorridente, a cena da chuva, onde um “Déjà senti” bateu forte e pra mim, se o filme acabasse ali seria já fantástico, foi uma das melhores e garantiu meu final de semana. Apesar do filme fechar muito bem, por mim poderia ter acabado ali.
Apesar de em alguns momentos o filme me lembrar de “Ainda Orangotangos” mostrando como nós, civilizados é na verdade uma fachada e somos no fundo animais, este é um cinema bem diferente: nacional com gostinho de americano, mesmo com diversas que características deixam o filme bem brasileiro, inteligente e lindo.
Um detalhe: a São Paulo/Tóquio/Nova Iorque onde o filme acontece tenta a todo momento desconstruir a cidade que estamos. Não senti o filme acontecendo em São Paulo (apesar de locais que me lembraram de lá, placas de carros brasileiros, carros brasileiros e adesivos de polícia americana), acho que os americanos não vão sentir o filme acontecendo em NY também e muito menos os japoneses com Tóquio, quem sabe os canadenses se identifiquem, mas no fim ficou uma “Terra de ninguém” (por sinal, vale a pena ler o que Calligaris escreveu sobre o filme).
Acredito que será uma boa diversão para a maioria dos adultos, foram duas horas que valeram a pena.
Trailer do filme
Saramago depois de ver o filme
4 comentários:
um puta autor,
uma puta estória,
um puta diretor,
certamente um puta filme,
to loco pra ver
o petry podia ter pelo menos colocado o cartaz do filme pro psot nao fica soh texto ahuaahuau
e pelos motivos mto bem escritos pelo marcelo em seu comentario, o filme deve ser Foda.
hoje em dia o que vale é ser direto, huehuehuehue
a julgar pela reação do Saramago, deve estar mesmo MUITO bom o filme.
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