sexta-feira, 28 de novembro de 2008

curta interativo "The Time Machine"

Ajude Chad, Matt e Rob a chegar no horário para uma reunião importante. Uma aventura em que você escolhe o destino dos protagonistas e ajuda-os ou não, a fugir dos temíveis agentes e quem sabe até de dragões, zumbis e etc. Dos mais de 500mil que particaparam 100mil apenas conseguriam chegar até o final dessa história.

A história começa nesse vídeo abaixo.


via Brainstorm 9

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Curtas Santa-marienses em Faxinal do Soturno


A Estação Cinema de Santa Maria esteve presente durante as comemorações dos 50 anos de Faxinal do Soturno. Nesta última segunda-feira, dia 24, em parceria com a Secretária de Cultura e Turismo do município, foram exibidos alguns dos curtas que integram o "DVD Estação Cinema - Curtas Santa-Marienses Vol.1". Mais de 70 pessoas estavam presentes na praça central da cidade, permanecendo no local até cerca de 0h, quando terminou a sessão. Os moradores puderam ter contato com um pouco do que tem sido produzido na sua região nos últimos dez anos, entre documentários, animações e ficções.

Foram exibidos os seguintes vídeos:

Farsa Seca - Fabrício Koltermann
Centopéia - Gabriel Isaia Darte e Tiago Gonçalvez
O Bom, O mau, o Chato - Lucas Mori Flores
Que Letra é Essa? - Pedro Gomes da Rocha
Cinza e Vermelho - Kitta Tonetto
Lili e o Monstro - Sergio Assis Brasil




Filme Jogo - A Gruta


Com onze finais e trinta momentos de interatividade, A Gruta, lançado no dia 21 de novembro no Festival de Brasília, é considerado um filme jogo. O projeto é licenciado pelo Creative Commons e pode ser copiado livremente (sem fins comerciais, obviamente).

Apresentação do blog do filme:

Ao assistir um filme, o espectador pode viver um personagem ao mesmo tempo em que o vê na tela. Quem nunca quis ser o James Bond? Com o filme-jogo levamos esse tipo de fantasia ao limite.
Ao mesmo tempo em que é um filme de média-metragem que participará de festivais e pode ser exibido em cinemas, A GRUTA é um RPG - RolePlayGame (Jogo de Interpretação de Papéis). Nele, o espectador toma decisões pelo personagem e muda o curso da história com suas escolhas. Essa estrutura induz o espectador a se envolver e a temer pelas conseqüências de suas escolhas, gerando um alto grau de identificação com o personagem.

Trailer:


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Capitu na Globo


Dom Casmurro é a obra escolhida para ser a segunda produção do Projeto Quadrante, da Rede Globo. Sou fã tanto do projeto quando do livro, porém não sei se pela complexidade dessa obra de Machado de Assis, o desgaste da mesma em razão de intermináveis discussões ou as péssimas adaptações já produzidas, mas algo me diz que a escolha não foi das melhores. Obviamente a produção será de primeira linha, vide A Pedra do Reino, primeira mini série do projeto. A direção ficará por conta de Luiz Fernando Carvalho, o mesmo do filme Lavoura Arcaica e da novela O Rei do Gado. O teaser já dá o tom:

Capitu teaser na íntegra high quality

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Vagas Lembranças da Hora de Minha Morte" hoje na TVE

Hoje às 23:10 no canal TVE-RS será exibido durante o programa TV Cine o curta "Vagas Lembranças da hora de minha morte" de Lenoardo Roat.

A iniciativa é uma parceria exclusiva entre a Estação Cinema e o pragrama TV Cine da TVE-RS, desde de o começo desse mês, estão sendo exibidos durante o programa vários dos curtas que compõem o "DVD Estação Cinema - curtas Santa-marienses vol.1".


O TV Cine é um programa da TVE-RS (Fundação Piratini) com cobertura em todo o Estado e que dá ênfase à produção cinematográfica gaúcha. Aborda temas como a história do cinema, distribuição de filmes, filmagens em realização, formação dos profissionais, produtos audiovisuais e as iniciativas públicas e privadas no setor. Com o apoio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), instituição da Secretaria de Estado da Cultura, ele faz a cobertura de concursos, mostras e festivais do Estado, especialmente o Festival de Gramado, reportagens especiais, dicas de sites e filmes estão em pauta no TV Cine que conta com a participação do telespectador. A apresentação fica a cargo de Domício Grillo.

O Tve Cine vai ao ar todos os domingos às 21:30, com reprise nas terça às 23:10.


Já foram exibidos:

"Super 70" de Luiz Alberto Cassol - 09/11 e 11/11
"Última Trincheira" de Rondon de Castro - 16/11 e 18/11




notícia retirada do blog da Estação Cinema

Cidade Oculta (1986) no Lanterninha Aurélio


O Cineclube Lanterninha Aurélio dá continuidade ao ciclo da Programadora Brasil. Nesta quarta, 26 de novembro, apresenta Cidade Oculta (1986).

Segundo longa-metragem de Chico Botelho, Cidade Oculta é uma aventura urbana que conta a história de Anjo, um marginal que vive com Shirley Sombra, estrela de boates decadentes, e com o velho companheiro Japa. O filme se apresenta como uma síntese de variados gêneros cinematográficos, usando a arquitetura futurista de São Paulo como cenário natural da trama. Faz referência a vários elementos da cultura pop, aos filmes noir e foi inspirado no quadrinho "Spirit", de Will Eisner. O elenco conta com Carla Camurati e possui a participação especial de Jô Soares, Cláudio Mamberti e do músico Arrigo Barnabé, que também assina a trilha sonora. Cidade Oculta venceu o Rio Cine Festival de 1986, rendo recebido também os prêmios de melhor direção, ator coadjuvante, música original e fotografia.

Direção: Chico Botelho
SP, 1985, fic, cor, 75'

O que: Cidade Oculta

Quando: 26 de novembro, às 19h30min - excepcionalmente

Onde: Auditório João Miguel de Souza – Centro Cultural Cesma

Quanto: de graça

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Obs: A sessão desta quarta-feira, dia 26, terá início às 19h30min para que os alunos do EJA da escola Diácono João Luiz Pozzobon participem da programação.

The Can

O curta-comercial “The Can” é participante do concurso promovido pela Red Bull na University of Applied Arts de Viena. Um visual diferente e muito bem feito. Foi escrito e dirigido por Carlos Lascano, mostrando que a animação está difundida e de alto nível no mundo todo.

The Can (Carlos Lacano/ Áustria / 1'33'')



Via Smelly Cat

sábado, 22 de novembro de 2008

Greed

Greed (Ganância) é uma animação 3D criada por Alli Sadegiani. O curta partiu de uma premissa de Stephen King que diz “Monstros são reais, e fantastamas também são reais. Eles vivem dentro de nós, e às vezes, eles ganham”. O curta é um thriller psicológico, criado através de substâncias ilícitas, sobre monstros que existem dentro de nós que são libertados e revelam as nossas piores faces.

Assista ao filme abaixo

GREED from Alli Sadegiani on Vimeo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Créditos Finais: Madagascar 2 A Grande Escapada


O filme ainda não saiu no Brasil, só vai ser lançado em 12 de dezembro, mas nos EUA já está em cartaz e está sendo grande sucesso de bilheteria. O filme pelo que dizem não é nenhuma maravilha mas parece ser melhor que o primeiro. Assista ao trailer aqui e abaixo os créditos finais que novamente é ao som de "I like to move It", o aportuguesado 'Eu me remexo muito'.



via smelly cat

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Matrix rodando em Windows

Mais uma produção do College Humor mostrando como seria a Matrix se fosse rodada em Windows.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Palestra sobre o uso de software livre na edição de vídeo e som no SMVC

Na foto Matias (de amarelo) conversa com Richard Stallman.
um dos fundadores do movimento do software livre


Em uma parceria entre o Santa Maria Vídeo e Cinema, a Estação Cinema, a TV Ovo, o Festival Oberá en Cortos e a Pão Com Ovo Filmes, será realizada uma palestra sobre o uso de software livre na edição de vídeo e som durante a sétima edição do Santa Maria Vídeo e Cinema.


O que é Software Livre e a Licença Copyleft? Esse é o tema da palestra que Matias Claudio Barrientos, estará proferindo na quinta-feira, 20 de novembro, a partir das 14h, no Cineclube Lanterninha Aurélio, Centro Cultural CESMA, durante a sétima edição do Festival de Cinema de Santa Maria.

Barrientos vem de Misiones, Argentina, para falar sobre usos e aplicações de software livre em desenho gráfico, edição de som e edição de imagens. Ele também exibirá vídeos feitos com Software Livre e com licença Copyleft (Open Movie) e apresentará as redes na Internet que usam a Cultura Livre. Ao final da palestra haverá uma projeção de um curta-metragem em 3D, realizado inteiramente com Software Livre (Blender, Inkscape, Cinelerra, GIMP).

Tal iniciativa serve para retificar os resultados qualificados que os softwares livre tem alcançado e também como um espaço de discução sobre as novas propostas com relação aos direitos sobre a propriedade intelectual. Além disso, a palestra é um marco para a Estação Cinema e o SMVC, sendo a primeira etapa de uma projeto que busca promover o intercâmbio entre os profissionais e obras santa-marienseses e latino-americanos.



Mais sobre Matias Claudio Barrientos:
- Membro da Software Livre Argentina
- Membro da Misiones Software Livre
- Membro do Grupo de Realizadores Audiovisuais da Província de Misiones, Argentina
- Fundador da Tux Productora Libre, uma produtora audiovisual que trabalha exclusivamente com Software Livre y Copyleft.
- Estudante de Antropologia Social na Universidade Nacional de Misiones


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Créditos Iniciais: Pantera Cor-de-Rosa

Um clássico dos créditos de abertura. Tanto o personagem quanto a música são mais conhecidos que o próprio filme.

Imperdível - Começa hoje a participação do Canal Futura no Festival de Santa Maria

O Canal Futura estará presente no Sétimo Festival Santa Maria Vídeo e Cinema, que acontece de 17 a 22 de novembro, através da mostra de documentários Por Que Democracia? e do seminário Cultura Audiovisual, Cidadania e Transformação Social.

Essas atividades estão sendo promovidas em parceria com o Santa Maria Vídeo e Cinema, entidade organizadora do Festival, e têm apoio da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma) e TV Ovo.

A participação do Canal Futura no Festival está inserida num amplo projeto voltado para a temática democracia, que engloba ações presenciais de mobilização social e programação. Entre as ações, o Futura integra uma iniciativa global que tem como ponto principal a discussão sobre democracia numa ação conjunta com outras 45 emissoras de TV do mundo. O projeto, iniciativa da BBC de Londres e denominado Por que democracia?, exibe simultaneamente uma série de documentários que abordam a democracia em múltiplas visões para diferentes povos.

No Brasil, o Futura é o único canal de televisão que participou do Por que democracia?. A gerente de Mobilização Comunitária do Canal Futura, Marisa Vassimon explica que dada a importância deste tema, o Futura se engajou em uma série de agendas centrais da sociedade brasileira, através da participação em diferentes encontros, como o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e as conferências nacionais de juventude e direitos humanos. Além disso, o canal está realizando fóruns, encontros temáticos e uma edição do Projeto Maleta Futura foi dedicada ao tema. “Acreditamos que, a partir destas ações, o Futura está contribuindo enquanto projeto social de comunicação para a discussão da Democracia no Brasil em suas variadas vertentes”, afirma Marisa.

No Festival Santa Maria Vídeo e Cinema, a mostra Por Que Democracia? vai exibir os documentários “Por favor, vote em mim”; “Táxi para a escuridão” (vencedor do Oscar de melhor documentário em 2008); “As damas de ferro da Libéria e Egito: estamos vigiando você”. A mostra acontece de 17 a 20 de novembro, sempre às 17h, no auditório da Cesma/Cineclube Lanterninha Aurélio. A entrada é franca.

O seminário Cultura Audiovisual, Cidadania e Transformação Social será realizado no dia 21 de novembro, das 14 às 18h, também no auditório da Cesma, tendo como mediador o supervisor artístico do Canal Futura, João Alegria. Os palestrantes convidados são Giba Assis Brasil, cineasta gaúcho membro da Casa de Cinema de Porto Alegre e homenageado da sétima edição do Festival; Valter Filé, professor da Universidade Federal Rural do RJ (UFRRJ) e o cineasta potiguar Buca Dantas. O seminário também tem entrada franca.


Sinopses dos documentários da mostra no Festival

Dia 17/11 – Por favor, vote em mim

Em uma escola fundamental na cidade de Wuhan, na China central, crianças de oito anos de idade competem pelo cargo de monitor de classe. Os pais, dedicados a seus filhos únicos, participam e começam a influenciar os resultados. Por Favor, vote em mim é um filme sobre uma experiência de chineses com a democracia.

Dia 18/11 – Táxi para a escuridão

O governo dos EUA é acusado de praticar regularmente a tortura em ações militares ao mesmo tempo em que procura espalhar sua mensagem de democracia em todo o mundo. O documentário levanta questões sobre qual será o estilo norte-americano de democracia no futuro. Táxi para a escuridão ganhou o Oscar de melhor documentário.

Dia 19/11 – As damas de ferro da Libéria

Ellen Johnson Sirleaf é a primeira mulher a ser livremente eleita chefe-de-estado na África. Ela lidera a Libéria, uma nação pronta para mudanças. As Damas de ferro da Libéria mostra seu primeiro ano de governo democrático, após quase duas décadas de guerra civil.

Dia 20/11 – Egito: estamos vigiando você

Após 24 anos de liderança do Partido Democrático Nacional, do presidente Hosni Mubarak, o Egito é uma nação à beira de profundas mudanças. Porém, a violência e amplas alegações de fraude acompanham as primeiras eleições democráticas realizadas em 2005. O filme acompanha três mulheres ativistas que tentam mostrar a verdade sobre a nova democracia do Egito.

Por jorn. Zilda Piovesan (Canal Futura/POA)

Fonte: Agência Central Sul de Notícias

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um Nome na Lista - Dir. Oliver Parker


O filme não é lá essas coisas, mas o argumento até que é interessante. Com ares de cinema biográfico e ao mesmo tempo noir, o filme trata de um dos maiores diretores de todos os tempos em um dos seus inúmeros períodos de decadência. Depois de terminar seu casamento com Rita Hayworth, e da desastrosa bilheteria de "A Dama de Xangai" (1947), Orson Wells começa a aceitar propostas para atuar em vários filmes, um tanto quanto medíocres, entre essas, vai à Itália para fazer "Black Magic"(1949).

"Fade to Black" (2006), horrivelmente traduzido para "Um Nome na lista", parte dessa viagem de Welles para Itália e acrescenta a isso todo um clima de intrigas e assassinatos, digno dos grandes filmes Noir do cinema americano. Um crime acontece em pleno set de filmagem, e Wells, um apaixonado por histórias de suspense, acaba envolvendo-se nas investigações. Cheio de constaste e angulações inusitadas, a película homenageia o "grande cineasta", que no filme não está tão grande assim, e também um dos gêneros que ele tanto amava. Fica aqui, também, o destaque para a participação do mexicano Diego Luna, de "Y tu mamá también", como Tomasso, o motorista que acompanha Wells durante as investigações, além da espanhola Paz Veiga, de "Lucia y el sexo" (2001), que faz uma atriz com ares de Famme Fatale.

Vale também dar uma olhada em três noirs com a participação de Orson Welles: The Lady from Shanghai (A Dama de Xangai - 1947) e Touch of Evil (A Marca da Maldade - 1958) - esses dois primeiros dirigidos por Welles; e The Third Man (1949) de Carol Reed.

Um Nome na Lista
(Fade to Black, GBR/ITA/SER, 2006)

Gênero: Suspense
Direção: Oliver Parker
Roteiro: Davide Ferrario (romance), Oliver Parker
Elenco: Danny Huston, Paz Vega, Christopher Walken, Diego Luna, Anna Galiena, Nathaniel Parker, Violante Placido
Duração: 99 min.

Sinopse:
O genial cineasta Orson Welles está em Roma para trabalhar como ator. Endeusado por todos, ele é um homem em crise, que acaba de terminar o casamento com Rita Hayworth. Apaixonado por histórias de suspense, Welles ouve a última palavra de um intérprete que acaba de ser assassinado: Nero. Acompanhado de seu motorista Tommaso, o diretor de "Cidadão Kane" começa a investigar aquela morte. Nas ruas, vielas e lugares muito perigosos da capital da Itália, os dois nem desconfiam que perigo que estão correndo. Querem descobrir quem é o assassino.


Trailer:

domingo, 16 de novembro de 2008

Burn-E - o curta do dvd do Wall-e

Assista o curta extra do Dvd do Wall-E da Pixar. Aqui no Brasil o dvd serálançado na versão simples apenas e talvéz não contenha o curta, enquanto que nos EUA irão lançar uma versão TRIPLA.

sábado, 15 de novembro de 2008

"Cassandras's Dream" (2007) - Dir. Woody Allen


Ontem, dia 14. estreiou "Vicky Cristina Barcelona" (2008) na maioria dos cinemas do país. Como provavelmente isso vai demorar um bom tempo para chegar em Santa Maria, ou talvez nem chegue, resolvi contentar-me com o último filme do Woody Alen, antes do que esta nos cinemas. "Cassandras's Dream" (2007) é mais um dos filmes de Allen, feitos na Europa e que nada tem a ver com o que a maioria das pessoas está acostumada a ver do diretor americano. É engraçado pensar isso, pois um dos motivos que fizeram Allen produzir fora dos Estados Unidos, é o de que o público americano não entende muito bem os seus filmes. A ironia está em quando justamente ele consegue se afastar da incompreensão americana, o seu cinema aproxima-se ainda mais do cinema comercial de sua terra natal. Contudo, Allen consegue, com a sua genialidade, transformar o que para o cinema de Hollywood seria apenas mais thriller de suspense, em uma bela reflexão sobre a natureza humana. Foi assim com “Match Point” (2005), e também é assim com “Cassandra's Dream” (2007).

Nos dois filmes o pano de fundo é um assassinato, e ambos servem para abordar até que ponto um ser humano é capaz de chegar, dando a impressão de que "Cassandra's Dream" poderia muito bem ser uma continuação de “Match Point”. Uma continuação muito mais modesta, porém não menos tocante.

Contudo, a diferença de “Cassandra's Dream” em relação a “Match Point” encontrada-se em algumas das temáticas abordadas, enquanto o segundo questionava a fugacidade do amor, o primeiro demonstra a fragilidade dos laços entre parentes. Como o cartaz do filme deixa claro "Família é Família, Sangue é Sangue". E esse talvez seja o grande "lance" do filme: a forma como Allen mostra a ironia dos valores comumente atribuídos à família, e como esses podem ser facilmente desmanchados.

Vale também observar a surpreendente atuação do insosso do Collin Farrell, que na minha humilde opinião é a melhor que já vi dele até agora.

O sonho de Casandra
(Cassandra's Dream, EUA / Inglaterra / França)

Gênero: Drama
Direção e Roteiro: Woody Allen
Produção: Letty Aronson, Stephen Tenenbaum e Gareth Wiley
Música: Philip Glass
Fotografia: Vilmos Zsigmond
Desenho de Produção: Maria Djurkovic
Figurino: Jill Taylor
Edição: Alisa Lepselter
Elenco: Ewan McGregor, Colin Farrell, John Benfield, Clare Higgins, Ashley Madekwe, Andrew Howard, Tom Wilkinson, Philip Davis, Hayley Atwell, Sally Hawkins, Stephen Noonan, Dan Carter, Jennifer Higham, Lee Whitlock, Milo Bodrozic, Emily Gilchrist, Richard Lintern, Peter-Hugo Daly
Duração: 108 minutos

Site Oficial: www.cassandrasdreammovie.com

Sinopse:

Ian (Ewan McGregor) e Terry (Colin Farrell) são irmãos que decidem comprar o barco "Cassandra's Dream", apesar dos problemas financeiros que ambos atravessam. Terry trabalha em uma oficina, mas é viciado no jogo e sempre está às voltas com novas dívidas. Já Ian trabalha no restaurante do pai (John Benfield), mas sonha em largar o negócio para alçar vôos mais altos. Ambos moram com os pais, com a família sendo auxiliada financeiramente pelo tio Howard (Tom Wilkinson). Um dia Howard aparece para uma visita, o que anima Ian e Terry. Eles pretendem pedir dinheiro ao tio, para que possam realizar os sonhos que têm para suas vidas. Howard aceita ajudá-los, mas o que exige em troca muda para sempre a vida dos irmãos.


Trailer

Storyboards de Star Wars

Pra quem curte cinema, storyboards são sempre uma boa pedida. Descobrir como foram planejadas as cenas de determinado filme só tende a aumentar a identificação com o próprio. Pois bem, o álbum do flickr Early Star Wars Storyboards disponibiliza algumas imagens da grande produção de George Lucas.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Hoje na Cesma palestra sobre os filmes gaúchos da primeira metade do século XX


O pesquisador e historiador Glênio Nicola Póvoas fará uma palestra hoje, dia 14 de novembro no auditório da Cesma. Póvoas vai apresentar um panorama do estágio atual dos filmes gaúchos preservados na primeira metade do século XX, incluindo a produção de Santa Maria. A entrada é franca.

Trata-se de uma reflexão sobre a cidade no contexto da exibição do cinema silencioso e a importância da descoberta para a historiografia do cinema nacional.



+ exibição do curta: Oscar Boz

Direção de Jorge Furtado
Roteiro de Jorge Furtado e Glênio Póvoas
2004 – 12'

Curriculo do Glênio Nicola Póvoas :

mestre em ciências da comunicação pela eca/usp. formado em jornalismo pela famecos/pucrs. é professor da unisinos e da faap. publicou o livro vento norte: história e análise do filme de salomão scliar (2002). roteirista e diretor do episódio maragados e chimangos: a lança contra a metralhadora, da séria ferro e fogo (rbs tv, 2003), e, dos filmes passageiros (1987) e segunda vez (1985). co-roteirista de oscar boz (jorge furtado, segmento do documentário umas velhices, 2003), a noite do senhor lanari (flávia seligman, 2003), benjamin (monique gardenberg, 2003), a ferro e fogo: guerra do paraguai (rbs tv, 2003), contos de inverno: a importância do currículo na carreira artística (casa de cinema - poa, 2001) e memorial de maria moura (tv globo, 1994)


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palestra - Glênio Póvoas - 14.11.08 - sexta feira - 19 horas - na cesma: Auditório João Miguel de Souza - Centro Cultural Cesma – 3º andar Rua Professor Braga, 55 - Centro - Santa Maria / RS Telefone - 55 3221 9165 - 3222 8544

Santa Maria Vídeo e Cinema têm Mostra Competitiva na Internet


O Festival de Cinema de Santa Maria abre inscrições para a Mostra na Internet. Serão aceitas obras produzidas em todos os formatos de qualquer local do planeta com resolução de 320 x 240 pixels, com até 8 MG e duração de até 02 minutos. A temática é livre e tem inscrições gratuitas que acontecem de 10 a 20 de novembro de 2008, somente pela internet, no site do 7º Santa Maria Vídeo e Cinema, em www.smvc.org.br.



O Júri, composto pelos integrantes da ONG Santa Maria Vídeo e Cinema, selecionará 10 OBRAS, sendo que uma dessas será anunciada como MELHOR OBRA DA MOSTRA INTERNET / 7º SANTA MARIA VÍDEO E CINEMA. Ao diretor(es) da obra vencedora será enviado o Troféu Vento Norte na Categoria Melhor Obra da Mostra Internet / 7º Santa Maria Vídeo e Cinema.



As 10 produções selecionados poderão ser vistas no site www.smvc.org.br a partir da noite de 22 de novembro, quando acontece a premiação e divulgação dos vencedores das mostras competitivas Nacional, de Santa Maria e Região e da Internet, do 7 º Festival Santa Maria Vídeo e Cinema.

Curtas Santa-marienses no Ceará



Em uma parceria inédita entre a Estação Cinema com o projeto Curta Muito do Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil – CCBNB e o Coletivo Malungo, outubro tornou-se o mês do cinema Santa-mariense em Crato no Ceará. Foram escolhidos pelos organizadores da mostra dois curtas que compõe o DVD Estação Cinema Vol. 1: 1969 e Farsa Seca. As obras foram exibidas no Auditório do Centro Cultural do Araripe, no largo da RFFSA, e no espaço Coletivo Malungo, tendo uma média de 80 pessoas por exibição, "ficando o desejo de exibir do restante dos curtas". A estação sente-se honrada pelo interesse e espera poder estreitar ainda mais a relação com os irmãos cearenses.


Sobre o Coletivo Malungo:

Malungo significa companheiro, parceiro e camarada, ou seja, uma pessoa que participa das mesmas atividades, destinos ou amizades de outra. Segundo o dicionário Houaiss, esse era o título pelo qual os escravos africanos se tratavam quando vinham na mesma embarcação.

O Coletivo conta com uma galeria de arte, espaço de gastronomia, idiomas e as produtoras Jaraguá filmes e ArtePlural. Produzimos exposições de artistas locais e nacionais, consultoria para projetos e editais, shows, jantares e baladinhas privê. É com essa vibração que os integrantes do Coletivo Malungo chegam à região do Cariri, com o intuito de promover ações culturais e desenvolver o cenário da arte vigente.


Estam instalados numa casinha colorida e charmosa no centro da cidade de Crato-CE, abertos para a construção do fazer artístico. Se você não faz idéia de onde fica, olhe no mapa: fica entre a batina do Padre Cícero e a Chapada do Araripe.

Para saber +:

www.coletivomalungo.wordpress.com
ou
http://coletivomalungo.wordpress.com/2008/10/09/projeto-curta-muito-outubro/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Novo Trailer de Watchmen


Acabou de sair o 2o trailer de Watchmen, mais completo e que fala mais sobre a história do filme e tal. Assista e veja se você também ficou louco para assistir mais. Mas temos que esperar até 9 de março de 2009 para ver o filme. Lembrando que o diretor é Zack Snyder o mesmo que dirigiu 300.
Leia mais no Omelete

"Up" a mais nova produção da Pixar


O nome do filme e o mote da história nos faz lembrar do Padre "voador' Carli. Mas essa é a mais nova produção da Pixar com estréia prevista para 12 de junho de 2009. O protagonista não é o padre voador mas sim Carl(que ironia falta só o i para Carli) que aos 78 anos vê sua casa no meio de uma grande construção e após conhecer um guarda florestal sem-noção resolve fugir dessa bagunça e ficar sozinho colocando a sua casa para voar com a ajuda de balões(espero que ele saiba usar um GPS). Assista o trailer abaixo e pode ter certeza, vem aí mais um marco na animação agora se utilizando de um protagonista da 3a idade ou da melhor idade.




Spielberg refilmando Old Boy?

Segundo a Variety, Steven Spielberg e Will Smith estão em estágio inicial de negociação para, respectivamente, dirigir e estrelar a versão americanizada do cult coreano Old Boy. A Variety é uma edição com grande credibilidade então se ela publicou é porque tárolando mesmo. A DreamWorks está no processo de adquirir os direitos de adaptação e o filme será distribuído pela Universal. Smith pode viver o protagonista, sequestrado misteriosamente e mantido cativo também por um motivo que se desconhece. Spielberg atualmente procura um roteirista para o serviço - que, imaginamos, terá mudanças profundas para suavizar o original. leia mais

Como seria a cena da lula e a cena das marteladas. Com certeza, vai ter um final feliz com algum ET e Will Smith vai fazer diversas piadinhas. Eu acho que Hollywood não tem coragem ou vai fazer uma versão para toda família.



Confira a discussão sobre ess notícia no OmeleteTv.
Parte 1

Parte 2


Confira o índice do OmeleteTV 11.1:

00:50 – Hessel se explicando sobre a Amélie Poulain
02:00 – Oldboy mudando a pauta do OmeleTV. Spielberg e Will Smith não agüentam…
05:04 – Aulas de dicção com a volta de “Ursula Berry”
06:00 – A vaidade de Hollywood com Oldboy
06:16 – Exclusividade na OmeleTV!!! O "teste" de Will Smith com os movimentos na cena do corredor de Oldboy
08:32 – “Oh my eyes!!!” (aprenda com Nicolas Cage)
09:07 – HQ – Constantine Hellblazer
11:25 – DVD do Batman - O Cavaleiro das Trevas no Brasil está com poucos extras

Promoção “Mês do Filme Nacional” - Filmes brasileiros por R$4,00 na maioria das salas de cinema


Durante duas semanas de novembro, salas de exibição de todo o país vão participar de uma campanha nacional promovida pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE) intitulada "Mês do Filme Nacional". Entre 10 e 13 e 17 e 20 de novembro, os ingressos dos filmes nacionais, incluindo algumas estréias, vão custar R$ 4,00 (inteiro) nos cinemas que aderirem à promoção. A agência está investindo R$ 2 milhões na realização da campanha, que conta com a parceria da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (ABRAPLEX) e da Associação e da Associação Brasileira de Exibidores de Cinema (ABRACINE).

Cada exibidor participante vai montar a sua programação, com produções nacionais que fizeram parte do calendário 2008. A grade completa está disponível no site www.ancine.gov.br. Ao todo, mais de 400 salas de cinema de todo país se cadastraram e vão participar da campanha. "O nosso objetivo é unir força com toda a cadeia cinematográfica brasileira e incentivar a ida ao cinema. Todos terão uma excelente oportunidade para assistir a filmes brasileiros lançados em 2008 e rever os seus filmes preferidos", afirma Manoel Rangel, Diretor-Presidente da ANCINE.

Fonte: Site Ancine

VT da campanha:


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Inscrições para a 34ª Seleção do Curta nas Telas (27/Out a 14/Nov)


A Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre estará recebendo as inscrições para a 34ª Seleção do Concurso Curta nas Telas no período de 27 de outubro a 14 de novembro de 2008.

Poderão participar do Concurso filmes de curta-metragem brasileiros, em bitola 35 mm, com duração de até 15 minutos, incluídos os créditos, que não tenham sido exibidos através da Lei Federal nº6821/1975 e que tenham sido realizados após o ano de 1990, inscritos por pessoas físicas e jurídicas.

O Regulamento com as normas do concurso, bem como a ficha de inscrição, está disponível no link abaixo. Maiores informações podem ser obtidas na Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, pelos fones: (51) 3289-8137 e (51) 3289-8133 ou pelo e-mail curtanastelas@smc.prefpoa.com.br.

Importante: só serão aceitas as inscrições realizadas até a data acima informada e que estejam de acordo com as normas do regulamento.

Clique aqui para ler ou imprimir o regulamento.


Sobre o Projeto:


Fruto de um acordo entre a APTC - Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do RS, o Sindicato dos Exibidores, a Câmera de Vereadores e a Prefeitura de Porto Alegre, o projeto Curta nas Telas existe desde setembro de 1996, assegurando a exibição de curtas-metragens brasileiros nos cinemas da capital, num sistema de rodízio de salas. A cada duas semanas, um novo curta entra em cartaz em uma sala do circuito comercial da cidade, antes de um longa. Pela exibição, o produtor recebe um cachê de R$ 1.500,00, pago pela Secretaria Municipal da Cultura.


fonte: Site da Prefeitura de Poa

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Posters Noir

O artista Timothy Lim fez posters de filmes atuais de super-heróis em estilo noir.
Confira mais no site











segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O modelo Nollywood


Na onda de nollywood, segue abaixo um texto de Felipe Macedo, publica numa edição da Le Monde Diplomatique do ano passado:

O modelo Nollywood

Desponta na Nigéria novo modo de fazer cinema. Milhões de DVDs, pequenas salas, alternativas à propriedade intelectual. Qualidade precária, porém crescente — e bebendo na imensa diversidade cultural do país. O maior produtor de filmes do mundo. Um modelo para não copiar mas, sim, para refletir

por Felipe Macedo

Em texto anterior, descrevemos as características gerais do modelo de cinema que vigora no Brasil. Na verdade, é o mesmo que prevalece no mundo inteiro, já que as grandes empresas de Hollywood, através da sua associação, a Motion Pictures Association of America (MPAA), operam em escala planetária e organizam o mercado mundial em função de seu produto. Mais de 80% dos cinemas de todo o mundo estão ocupados com os filmes dessas empresas. Parece que, entre os mais de duzentos países do mundo, apenas em uma meia dúzia exibe-se mais filmes nacionais que os distribuídos por esse cartel.

Esta situação é indispensável para o cinema que confundimos como "americano". O custo médio de uma produção, nos EUA — não em Hollywood, mas no país todo — já é de mais de 60 milhões de dólares. Esse padrão precisa de um mercado mundial bem controlado para obter lucros significativos. Se é verdade que esse cinema é dominante há décadas, apenas recentemente o faturamento dos filmes no exterior do país passou a ser maior que internamente. Hoje, a receita proveniente de outros países está em torno de 65% do total. Nessa mesma direção, a produção dos EUA tem diminuído significativamente, em favor das superproduções que melhor se adequam à exploração do mercado mundial e de seus diferentes segmentos: salas de cinema, vídeo doméstico, tevê por assinatura e tevê aberta. Especializa-se em filmes mais caros, que não têm concorrência, e são como naves-mães que desovam mil subprodutos e licenças de exploração de mercados subsidiários. Por outro lado, aumenta cada vez mais a reprodução de fórmulas narrativas simplistas, padronizadas, o que dificulta a expressão de diferentes formas de criação — inclusive naquele país.

Já dissemos que esse modelo é velho. Ele luta para assimilar, domesticar e rentabilizar, em novos formatos comerciais, os avanços tecnológicos que ocorrem fora do seu controle. Enquanto isso, atravanca o desenvolvimento das próprias inovações e, principalmente, limita o acesso à comunicação e impede a expressão da diversidade das culturas do mundo.

Mas até que ponto o poder econômico é capaz de segurar ou controlar o desenvolvimento de inovações que apontam para uma acessibilidade fora de qualquer controle, como é o caso da rede mundial de computadores? Ou quando outras formas de exploração comercial se mostram lucrativas, criando novos “modelos de negócio”? Como combater eficazmente a “pirataria” (a exploração comercial sem pagamento de licenças), se o móvel, a ética, a ontologia mesma do comércio se concentram e se esgotam na obtenção de lucro?

Hollywood, riquíssima, depende da globalização. Mas é Nollywood, hoje, quem expande seu jeito de produzir cinema pelo mundo

Um dos objetivos desta coluna é mostrar como os cineclubes, em suas múltiplas formas, constituem a grande alternativa — ainda muito virtual, mas a mais conseqüente — para esse novo modelo. No entanto, outras experiências também merecem ser melhor conhecidas. Um exemplo muito revelador de que outros paradigmas podem ter relações muito mais legítimas com a cultura em que se estabelecem, assim como alcançar resultados econômicos extraordinários, é o de Nollywood, o modelo de indústria audiovisual da Nigéria, que se expande cada vez mais pelos países vizinhos.

A Nigéria, país com cerca de 110 milhões de habitantes, independente desde 1963, tornou-se o maior produtor mundial de títulos de filmes. Com uma produção que oscila entre 1.000 e 1.500 filmes por ano, ultrapassa largamente a Índia, segundo lugar, com cerca de metade dessa produção, e os EUA, com perto de 500 títulos anuais.

Mas não apenas isso: diversas fontes situam o faturamento dessa indústria audiovisual nigeriana em cerca de 250 milhões de dólares por ano, o que também a coloca entre as maiores do mundo. Além de predominar largamente no mercado interno, a produção audiovisual nigeriana cada vez mais se estende pelos países vizinhos, antigas colônias inglesas. Chega igualmente às etnias que se estendem além das fronteiras: Gana, Quênia, Uganda, Gâmbia, Níger, Camarões, Benin, Zâmbia, Togo e mesmo o Sudão. Canais a cabo da África do Sul especializam-se ou dedicam boa parte da programação a essa produção, cobrindo vários outros territórios (Botsuana, Zimbábue, Suazilândia, Namíbia). E uma grande diáspora (7 milhões só de nigerianos) na Europa, EUA e em várias outras partes do mundo – inclusive no Brasil – também serve como elemento de repercussão e multiplicação desse cinema.

Como dissemos, não se trata do modelo hollywoodiano: os filmes são produzidos e circulam em cópias digitais (DVD) e são exibidos em pequenas salas digitais. O custo de uma produção é, em média, de 20 mil dólares. Com isso, diariamente, dois ou três novos títulos são lançados no mercado. Cada filme circula com cerca de 20 mil cópias, vendidas pelo equivalente a poucos dólares ou em salas bem simples, onde se paga ingressos de umas tantas nairas, a moeda nigeriana. Os maiores sucessos freqüentemente ultrapassam 200 mil cópias.

Filmes toscos na forma. Mas capazes de expressar o imaginário e magia da África, e as realidades da vida nigeriana

O “modelo nigeriano” demonstra possibilidades concretas e potencialidades que têm muita importância para os países que não conseguem construir uma indústria e uma cultura cinematográfica independente. Vale a pena conhecer sua gênese.

Em 1972, um decreto de “indigenização” passou para o controle nacional uma rede de cerca de 300 salas de cinema que havia no país. Uma permanente fragilidade econômica e a recorrente instabilidade política levaram à desagregação desse circuito. A diminuição do número de cinemas, a própria insegurança nas grandes cidades e a distância cultural da narrativa “ocidental” em relação à vivência cultural nativa — tudo isso contribuiu para enfraquecer o hábito de ir ao cinema. No entanto, a “nacionalização” ajudou a estimular os talentos nigerianos, principalmente da área teatral. Mais ou menos nos anos, 80 começou a produção sempre crescente de filmes em VHS, copiados e distribuídos precariamente nas feiras e outros eventos públicos e exibidos em salinhas improvisadas. Como a maior parte dos empreendimentos comerciais pioneiros, o padrão dessa produção era pobre, visando garantir um mínimo de rentabilidade. O resultado era medíocre, em termos narrativos. Ainda é ambas as coisas.

Mas, além de se adequar ao bolso da grande maioria, essa produção canhestra trazia a expressão do rico imaginário e das premências da vida nacional e africana: de um lado a magia e o sobrenatural, de outro as dificuldades da vida, a corrupção, as doenças endêmicas, o choque das tradições tribais com a modernidade. O modelo pegou.

Hoje, ainda cheio de carências, esse sistema audiovisual não pára de evoluir e de se consolidar. Criou, como vimos, uma sólida base econômica. Isso tem permitido, cada vez mais, a adoção de melhores técnicas e equipamentos na produção. A própria expansão da indústria, o enfrentamento de concorrentes, a interação com a diáspora, obrigam a um contínuo aperfeiçoamento em termos de linguagem e acabamento. A permanência dessa indústria gera profissionais, talentos em todos os níveis, e inclusive já tem uma espécie de star system e uma rede de eventos promocionais, festivais que ajudam a aprimorar seus produtos.

Na África francesa, filmes que se contam nos dedos, premiados. Na Nigéria, uma prosa nacional expressa, em muitos idiomas, o imaginário popular

No entanto, talvez o mais importante desse processo ainda em desenvolvimento seja o significado cultural da adoção de um modelo diferente daquele implantado pelo ocupante colonial. Em meio à mediocridade ainda prevalecente de uma narrativa banal, que busca o êxito e o retorno econômico mais imediato, uma “prosa” nacional se impõe, ou melhor, encontra espaço para se expressar, trazendo a vivência, os problemas, o imaginário popular.

Nas antigas colônias francesas, por exemplo, de uma maneira geral mantém-se inalterado o modelo de produção e distribuição em película. Os países não têm condição de manter esse modelo e o resultado é a produção de pouquíssimos títulos, na casa das unidades, realizados com apoio de algumas instituições francesas. Esteticamente são filmes muito mais significativos, que têm revelado alguns grandes realizadores. São reconhecidos em alguns eventos internacionais, talvez a maior parte fora da África. Esses filmes são, claro, falados em francês. Já a produção nigeriana produziu um fenômeno inédito e absolutamente fundamental: um percentual significativo dos filmes é realizado nos idiomas das diversas etnias da região, principalmente em iorubá, igbo, hauçá e no pidgin nigeriano.

Sem esse espaço, essa(s) cultura(s) não teria(m) oportunidade de se manifestar, talvez nem de sobreviver. Esboçado um novo paradigma, há muito ainda que avançar. Mas a alternativa já se mostrou viável, abrindo a possibilidade concreta de superação do modelo mundialmente dominante. É uma lição importante, não exatamente a ser copiada, mas sobretudo compreendida. Por aqui, por exemplo, onde a produção só existe com subsídio público, praticamente não é exibida e a população não tem acesso ao cinema.

Mais:
Felipe Macedo assina a coluna Cineclubismo no Caderno Brasil de Le Monde Diplomatique. Edição anterior da coluna:

A reinvenção do cinema e os jurássicos
A digitalização e a internet podem transformar todo o processo cinematográfico, democratizando a produção e multiplicando as platéias. Mas, agarrada a seu monopólio, a indústria do audiovisual quer manter as tecnologias superadas e a idéia de que arte é para quem pode pagar

Nós somos o público
A questão dos direitos do público tornou-se inadiável. As enormes transformações que estão ocorrendo nos meios de comunicação e circulação e intercâmbio da cultura exigem o estabelecimento de normas que nos garantam a condição de sujeitos — muito mais do que consumidores]

Fonte: LeMondeDiplomatique

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sábado, 8 de novembro de 2008

Good Copy, Bad Copy


A indústria cinematográfica da Nigéria (Nollywood, atualmente a que produz mais filmes por ano no mundo), O Tecnobrega de Belém do Pará e a página sueca The Pirate Bay são exemplos de como pessoas estão driblando as atuais leis autorais para poderem livremente distribuir e produzir cultura. O documentário “Good Copy, Bad Copy” procura demonstrar os rumos que o copyright está seguindo neste momento tão atribulado. O direito da indústria em receber pelos direitos autorais, o direito das pessoas ao acesso e distribuição de sua cultura e que é ou não cópia são alguns dos temas abordados neste excelente e obrigatório filme.

"Andreas Johnsen, Ralf Christensen e Henrik Moltke lançaram o melhor documentário sobre direitos autorais e cultura já feito até hoje. Com entrevistas que vão desde o DJ Girl Talk, até o produtor nigeriano Charles Igwe e passando pelo presidente da International Federation of the Phonografic Industry, John Kennedy, os diretores conseguiram captar a tensão existente no debate atual entre detentores de conteúdo da indústria tradicional e artistas da nova indústria. O nome "good copy, bad copy" não poderia ser melhor para ilustrar este contraponto alertando sobre o papel que o direito autoral pode desempenhar tanto para aprisionar estas novas formas de expressão cultural, quanto para libertar a cultura permitindo uma revolução criativa mais profunda."
Bruno Magrani em culturalivre.org.br


Entrevistados:
Dr Lawrence Ferrara - Diretor do Departamento de Música da NYU
Paul V Licalsi - Advogado de Sonnenschein
Jane Peterer - Bridgeport Music
Dr Siva Vaidhyanathan – NYU
Danger Mouse – Produtor
Dan Glickman - Presidente da MPAA
Anakata - The Pirate Bay
Tiamo - The Pirate Bay
Rick Falkvinge - The Pirate Party (Partido Pirata)
Lawrence Lessig - Creative Commons
Ronaldo Lemos - Professor de Direito FGV Brazil
Charles Igwe - Produtor cinematográfico - Lagos Nigeria
Mayo Ayilaran - Sociedade de Direitos Autorais da Nigéria
Olivier Chastan - VP Records
John Kennedy - Presidente da IFPI
Shira Perlmutter - Diretora de Política Global da IFPI
Peter Jenner - Sincere Management
John Buckman - Gravadora Magnatune
Beto Metralha - Produtor, Belém do Pará
Dj Dinho - Aparelharem Tupinambá, Belém Do Pará

Veja aqui:



Ou faça o download em alta qualidade e legendado aqui através do Pirate Bay.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Khoda

Impressionante a beleza dos desenhos deste thriller psicológico. Para a realização do projeto foram necessários mais de dois anos e 6000 pinturas.


Khoda from Reza Dolatabadi on Vimeo.

Diretor e diretor de arte: Reza Dolatabadi
Roteiro: Reza Dolatabadi e Mark Szalos Farkas
Animação: Adam Thomson
Música: Hamed Mafakheri

Prêmios:
Winner of the Best Animation Canary Wharf Film Festival (London) Aug, 2008
Award Nominee, Bacup Film Festival (Rossendale) Oct, 2008
Official selection for the "Best Short Film Program” at Waterford Film Festival (Ireland) November 2008

Dica do Marcos