Luz silenciosa é para os que põem pouco sal na pipoca. O primeiro plano do filme (e o último também) já testa a paciência do espectador, um longo e lento travelling no campo mostra o nascer do sol, depois uma família inteira rezando silenciosamente em volta da mesa.
Ei, seria este um filme mudo?
Confesso não conhecer outros trabalhos do diretor Carlos Reygadas, o filme lento é bastante impressionante. Apesar de a história passar em uma comunidade um tanto quanto reclusa (parecida com os Amish), o drama vivido por Johan (ator não-ator: veio diretamente da comunidade retratada no filme) é sempre presente: largar a esposa e família para ficar com a amante? É difícil falar da história do filme sem entregar os minutos finais (que é onde tudo acontece, muito lentamente mas acontecem) a dica é: veja o filme somente se tiver grande paciência para ver belas paisagens, ambientes muito bem fotografados e personagens com diálogos que demoram (muito) para se desenvolver.
Ainda assim gostei do filme, foi um ótimo programa para uma tarde de passagem em Porto Alegre e fiquei curioso para conhecer o restante da obra de Reygadas. Algumas vezes parece um belo documentário, crianças tomam banho no rio e a atenciosa câmera capta tudo, outras um dramalhão demorado. O importante é não fugir da sala no meio da exibição.
Luz silenciosa vem papando diversos prêmios, e para uma análise melhor do filme eu sugiro este texto de Celso Sabadin e este, que li antes do filme, de Luiz Carlos Merten.
Trailer
Ei, seria este um filme mudo?
Confesso não conhecer outros trabalhos do diretor Carlos Reygadas, o filme lento é bastante impressionante. Apesar de a história passar em uma comunidade um tanto quanto reclusa (parecida com os Amish), o drama vivido por Johan (ator não-ator: veio diretamente da comunidade retratada no filme) é sempre presente: largar a esposa e família para ficar com a amante? É difícil falar da história do filme sem entregar os minutos finais (que é onde tudo acontece, muito lentamente mas acontecem) a dica é: veja o filme somente se tiver grande paciência para ver belas paisagens, ambientes muito bem fotografados e personagens com diálogos que demoram (muito) para se desenvolver.
Ainda assim gostei do filme, foi um ótimo programa para uma tarde de passagem em Porto Alegre e fiquei curioso para conhecer o restante da obra de Reygadas. Algumas vezes parece um belo documentário, crianças tomam banho no rio e a atenciosa câmera capta tudo, outras um dramalhão demorado. O importante é não fugir da sala no meio da exibição.
Luz silenciosa vem papando diversos prêmios, e para uma análise melhor do filme eu sugiro este texto de Celso Sabadin e este, que li antes do filme, de Luiz Carlos Merten.
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